Comissões realizam webinar sobre diversidade nas organizações
27/11/2020 15:07h

Na noite da última quarta-feira (26), as Comissões Especiais da Advocacia Corporativa (CEAC), de Compliance (CECOM), de Proteção de Dados e Privacidade (CEPDP), de Igualdade Racial (CEIR), de Diversidade Sexual e de Gênero (CEDSeG) e a Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto realizaram o webinar ‘Diversidade nas Organizações’. O objetivo foi o de realizar um amplo debate sobre o papel dos advogados e das advogadas como agentes de mudança, divulgadores da cidadania e da Justiça social.
Para o presidente da OAB/RS, Ricardo Breier, que fez a abertura do evento, é fundamental que as comissões se unam para compreender as diferenças: “É muito importante que esse debate aconteça dentro da nossa instituição. Precisamos entender que teremos um trabalho muito longo pela frente para vencer a cultura preconceituosa que existe em nossa sociedade. As diferenças precisam ser ouvidas, respeitadas e compreendidas, e não eliminadas”, disse.
O primeiro painel apresentado no evento foi: ‘A diversidade no Ambiente Corporativo’, e foi ministrado pela advogada e facilitadora de direitos LGBTQIA+, transfeminista, mulher trans e membra da CEDSeG da OAB/RS, Carolina Parisotto. “Quando pensamos em diversidades corporais, sexuais e de gênero, estamos falando de um sistema de verdades que é hegemônico em nossa estrutura social. Por isso, é necessária a educação para os direitos humanos e para uma política de inclusão das corporações”, explicou.
O segundo painel tratou da ‘Diversidade como Política Institucional Permanente’, explanado pela advogada especialista em Compliance, consultora empresarial e membra da Comunidade B RS, Evelin França, que analisou o caso "João Alberto", assassinado dentro de um hipermercado em Porto Alegre, no último dia 20 de novembro “As empresas precisam sair de sua zona de conforto e avaliar suas condutas, posturas e contratos. Não queremos somente uma indenização, queremos que essas instituições avaliem suas políticas de fato. Temos um desafio enquanto instituição, que é o de ver como se dará a atuação diante dessa situação e da aplicabilidade das políticas que ela diz ter”, destacou.
No terceiro painel, a advogada, doutoranda em direito na USP, ex-assessora e chefe de gabinete da Presidência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Marcela Matiuzzo. falou sobre ‘Discriminação Algoritmica’. “Os algoritmos trabalham com padrões e categorização das pessoas, e trabalham com discriminações, não há como mudar o modo com o qual trabalham. Porém, pode haver pontos negativos socialmente dentro dessas discriminações, que podem, por exemplo, ser racistas”, explicou.
Para entender mais sobre Discriminação Algoritmica, clique aqui!
O penúltimo painel tratou de ‘Compliance Antidiscriminatório’ e foi comandado pela advogada, professora e pesquisadora de relações étnico raciais afro-brasileiras e consultora de Compliance, Beatriz de Almeida. “Não existe programa de compliance sem política. Por isso, não adianta ter um código de conduta opondo-se a discriminação, em todas as suas formas, e não haver uma política de atuação para eliminar essa discriminação em todos os pilares da instituição, frisou.
O evento foi encerrado com o painel ‘O Lugar das mulheres’, ministrado pela advogada, executiva jurídica e presidente da CEAC, Ana Carolina Tavares Torres. “O espaço que a mulher ocupa dentro da nossa sociedade ainda não é igual aos espaços de liderança dentro das empresas. Precisamos, cada vez mais, ter um grupo heterogêneo nas instituições e mudar nossa situação em todos os pontos de discriminação”, explicou.
Além das comissões, o evento teve como mediador e organizador o presidente da CEPDP, André Luiz Pontin.
Para assistir o evento completo, é só clicar aqui.
27/11/2020 15:07h