III Encontro do Núcleo de Debate entre Direito e Literatura debate Maquiavel
28/11/2012 22:32h
A OAB/RS realizou, na noite desta quinta-feira (28), evento que abordou a obra do escritor italiano renascentista.
A OAB/RS realizou, na noite desta quinta-feira (28), no 14º andar da sede da entidade, o III Encontro de Direito e Literatura. O evento, que foi promovido pelo Núcleo de Debate entre Direito e Literatura do Departamento Cultural-Artístico teve a parceria do Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul.
Compuseram a mesa a secretária-geral, Sulamita Santos Cabral; a coordenadora do Núcleo de Debate entre Direito e Literatura, Helena Raya Ibanez; a historiadora e membro do Núcleo de Direito e Literatura, Leonor Schwartsmann; a representante do IARGS, e diretora do Instituto dos Advogados do Estado, Ana Lúcia Kaercher Piccoli; a conselheira seccional e coordenadora do Departamento Cultural da entidade, Regina Guimarães; o desembargador aposentado do TJRS e membro do Núcleo de Debates entre Direito e Literatura, Silvino Joaquim Lopes Neto e o membro do núcleo de debates de Direito e Literatura, Miguel do Espirito Santo.
Em sua fala de abertura, Sulamita destacou a importância de um evento como este. "Direito e Literatura sempre caminharam juntos, por isso nos reunimos nesta noite para debatermos um dos mais importantes escritores do mundo".
Na ocasião, Helena Ibanez, que coordenou o evento, agradeceu a presença de todos e ressaltou a importância de uma instituição como a OAB promover a discussão sobre a proximidade entre o Direito e a Literatura com a presença de destacados nomes da literatura.
Após, realizaram palestra sobre o assunto: o presidente da Academia Brasileira de Filosofia, João Ricardo Moderno; o professor de Direito Eduardo Carrion; o psicanalista Raul Hartke; e o advogado e jornalista José Antônio Pinheiro Machado.
Também estiveram presentes: a ex-governadora do Estado, Yeda Crusius; o cônsul geral da Itália, Augusto Vaccaro; a ex-procuradora geral de justiça, Simone Mariano da Rocha; o ex-secretário de segurança pública, general Edson de Oliveira Goularte; o desembargador do TJRS, Antônio Carlos Stangler Pereira; o desembargador aposentado do TJRS, Délio Weoy; o vice-presidente da AJURIS, desembargador Eugênio Couto Terra; o presidente da Associação dos Oficias da Brigada Militar, tenente coronel Carlos Ricardi Guimarães; o representante da Academia Brasileira de Letras, Avelino Collet; a conselheira substituta do TCE-RS, Heloisa Piccinini; o professor de Direito, Eduardo Carrion; o advogado, Miguel do Espírito Santo; e o representante da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, Luiz Ernani Caminha Giorgis.
Saiba mais sobre o autor e as suas obras:
Nicolau Maquiavel (Florença, 3 de maio de 1469 — Florença, 21 de junho de 1527) foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de haver escrito sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente.
Desde as primeiras críticas, feitas postumamente pelo cardeal inglês Reginald Pole, as opiniões, muitas vezes contraditórias, acumularam-se, de forma que o adjetivo maquiavélico, criado a partir do seu nome, significa esperteza, astúcia, aleivosia, maldade.
Niccolò di Bernardo dei Machiavelli viveu a juventude sob o esplendor político da República Florentina durante o governo de Lourenço de Médici e entrou para a política aos 29 anos de idade no cargo de Secretário da Segunda Chancelaria. Nesse cargo, Maquiavel observou o comportamento de grandes nomes da época e a partir dessa experiência retirou alguns postulados para sua obra. Depois de servir em Florença durante catorze anos foi afastado e escreveu suas principais obras. Conseguiu também algumas missões de pequena importância, mas jamais voltou ao seu antigo posto como desejava.
Como renascentista, Maquiavel se utilizou de autores e conceitos da Antiguidade clássica de maneira nova. Um dos principais autores foi Tito Lívio, além de outros lidos por meio de traduções latinas, e entre os conceitos apropriados por ele, encontram-se o de virtù e o de fortuna.
Suas obras mais conhecidas: "O Príncipe" e os "Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio" (1512-1517). Foi também nesse período que conheceu vários escritores no Jardim Rucellai, círculo de literatos, e se aproximou de Francesco Guicciardini apesar de já conhecê-lo há tempos. Entre os escritos desse período estão o poema Asino doro (1517), a peça A Mandrágora (1518), considerada uma obra prima da comédia italiana, e Novella di Belfagor (romance, 1515), além de vários tratados histórico-políticos, poemas e sua correspondência particular (organizada pelos descendentes) como Dialogo intorno alla nostra língua (1514), Andria (1517), Discorso sopra il riformare lo stato di Firenze (1520), Sommario delle cose della citta di Lucca (1520), Discorso delle cose florentine dopo la morte di Lorenzo (1520), Clizia, comédia em prosa (1525), Frammenti storici (1525) e outros poemas como Sonetti, Canzoni, Ottave, e Canti carnascialeschi. Escreveu também a História de Florença, obra a qual dedicaria os sete últimos anos de sua vida. Nesse mesmo ano, ele estava ocupado escrevendo A Arte da Guerra (1519-1520). E é a partir de uma viagem a trabalho a Lucca que ele escreveu a "Vita di Castruccio Castracani da Lucca" (1520).
28/11/2012 22:32h