Antigo cenário de vaqueiros e carreteiros, figuras associadas à vida rude e exclusivamente máscula, os pampas gaúchos vão cedendo progressivamente lugar à delicadeza e ao toque feminino.

Exemplo disso é o que acontece no campo da Advocacia: na Subseção da OAB de Bento Gonçalves, a 150 quilômetros de Porto Alegre, a voz feminina é quem comanda. A diretoria daquela Subseção é composta exclusivamente de mulheres: a presidente Maria Luiza Sfoggia, a vice-presidente Silvana Maria Giacomini Werner, a secretária-geral Deolinda Maria Michelon, a secretária-gferal adjunta Raquel Guindani Caleffi e a diretora tesoureira Paula Zanata.

O fato foi destacado na sexta-feira (13) durante encontro dos presidentes das Subseções da OAB do Rio Grande do Sul por uma outra mulher, a também gaúcha e secretária-geral do Conselho Federal da entidade, Cléa Carpi da Roccha. Ex-presidente da Seccional da OAB gaúcha e única mulher a integrar a direção da OAB nacional, Cléa Carpi destacou "o fato de a Subseção de Bento Gonçalves ser dirigida exclusivamente por mulheres como talvez único em todo o País".

Segundo assinalou a secretária-geral da OAB Nacional, o fenômeno de Bento Gonçalves reflete o crescimento quantitativo e qualitativo das mulheres nos postos de comando da Advocacia e de diversas outras profissões no mercado de trabalho brasileiro.

Para arrematar, ela brincou observando que, embora a direção da Subseção da OAB naquele município seja domínio feminino, não se trata de um "clube da Luluzinha" por inteiro, "pois as diretoras permitiram que três homens sejam integrantes do Conselho da entidade".