OAB/RS reúne-se com o chefe da Polícia Civil para buscar informações sobre o caso Jundiá
16/08/2011 17:17h
Nos últimos dias, o fato sofreu uma reviravolta, pois o rapaz, de 19 anos, que foi acusado de sequestrar e estuprar uma mulher em Novo Hamburgo, estaria fora do Estado no dia do crime.
O coordenador-geral da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, conselheiro seccional Ricardo Breier, reuniu-se, na tarde desta terça-feira (16), com o chefe de Polícia Civil, delegado Ranolfo Vieira Júnior, para requerer informações sobre o caso Jundiá, que, nos últimos dias, sofreu uma reviravolta. O rapaz, de 19 anos, foi acusado de sequestrar e estuprar uma mulher em Novo Hamburgo, mas estaria fora do Estado no dia do crime.
Acompanharam também a reunião: o subchefe da Polícia Civil, delegado Ênio Gomes de Oliveira, e a titular da divisão de assuntos institucionais, delegada Patrícia Sanchotene Pacheco.
"Como representantes da sociedade, a OAB/RS está aqui para saber de que forma este caso está sendo conduzido, visto que com base no depoimento da vítima e sem mais provas, foi pedida a prisão preventiva do rapaz e o fato foi divulgado por toda imprensa do Estado", salientou Breier.
Breier continuou, analisando que "estamos trazendo a preocupação para que a sociedade civil tenha a avaliação correta do que está acontecendo".
Por sua vez, Ranolfo afirmou que a Polícia Civil está investigando o caso e está tratando dele institucionalmente e assim que ele for solucionado a sociedade saberá o que de fato ocorreu.
Relembre o caso
- Por volta das 19h30min de sexta-feira, uma jovem de 20 anos foi atacada por dois homens armados quando deixava uma igreja na Vila Kephas, em Novo Hamburgo.
- Depois de estuprar, agredir, torturar e mutilar a vítima, criminosos telefonaram ao pai dela exigindo R$ 600 para libertá-la. O crime teria sido motivado por dívida de R$ 667 que o irmão da vítima teria no tráfico.
- A BM foi avisada, e a jovem livrou-se dos bandidos. Em depoimento à polícia, afirmou que um dos autores do crime era Jacson Nauta de Quadros, o Jundiá, 19 anos, ex-colega dela de escola.
- Com ordem de prisão preventiva, a polícia prendeu o suspeito de ser o mandante do sequestro e passou a procurar Jundiá, ex-interno no Case, onde passou três anos após confessar 12 homicídios.
- Ao sair da Case, em março, Jundiá foi incluído em programa federal de proteção, pois correria risco em função dos crimes que cometeu.
- Segundo a polícia, Jundiá teria voltado para Novo Hamburgo havia 45 dias. Ontem, a Secretaria Nacional de Direitos Humanos informou que Jundiá estaria fora do Rio Grande do Sul no dia do crime, lançando dúvidas sobre a investigação.
16/08/2011 17:17h