Dando continuidade à Conferência Estadual do Movimento Brasil Contra a Violência, iniciada na manhã da última quarta-feira (09), à tarde foi realizado o painel Ações e Políticas de Segurança Pública, coordenado pelos membros da Comissão Especial de Políticas Criminais e Segurança Pública da OAB/RS, João Pedro Ibañez Leal e Lucas Braga Eichenberg, e cujos palestrantes foram: a presidente do Detran/RS, Stela Maris Simon; o chefe de Polícia Civil do RS, delegado Pedro Carlos Rodrigues; o comandante do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, coronel Sérgio Klunck; a diretora da Penitenciária Feminina Madre Pelletier em Porto Alegre, Maria Antonieta Felippetto; representando o superintendente da Susepe, Geraldo Bertolo; o diretor do Departamento de Estratégia Operacional da Secretaria de Segurança Pública do Estado, tenente-coronel Marco Antônio Moura dos Santos; o chefe da Seção de Policiamento e Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal do RS, Júlio César Zambon; o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Paulo Roberto Mendes Rodrigues.

Compuseram a mesa de honra, a secretária-geral da OAB/RS, Sulamita Santos Cabral; a presidente da Comissão Especial de Políticas Criminais e Segurança Pública, Helena Ibañez; o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados, Arnaldo Araújo Guimarães; o presidente da Associação do Ministério Público do RS, Miguel Bandeira Pereira; e o presidente da subseção da Ordem de Bagé, Luis Alberto Gonçalves Silva.

No debate, foram abordados assuntos relacionados ao diagnóstico das políticas de combate à violência no trânsito, à experiência da Polícia Civil no Estado, ao retrato da violência nas ações do Corpo de Bombeiros, à experiência dos agentes penitenciários estaduais, à Justiça e segurança pública contra o crime organizado, à experiência da Polícia Rodoviária Federal na prevenção e repressão da violência e criminalidade nas estradas e à experiência no combate à violência pela Brigada Militar.

A diretora da Penitenciária Madre Pelletier da Capital frisou que a dependência química é um dos principais fatores que influenciam na criminalidade, refletindo assim, na segurança pública. “Se não começarmos a investir na educação, vai chegar o momento em que teremos que abrir um estabelecimento penitenciário dia-a-dia”, concluiu Maria Antonieta Felippetto.

O diretor do Departamento de Estratégia Operacional da Secretaria de Segurança Pública do Estado afirmou que, para enfrentar o crime e a violência, é necessária a junção de infra-estrutura, inteligência policial, integração policial e a cooperação com a sociedade. “Não é a ameaça real da criminalidade e violência que constitui o fator decisivo para a política de segurança pública, e sim a percepção de tal ameaça pela coletividade”, finalizou tenente-coronel Marco Antônio Moura dos Santos.

Segundo ele, os desafios da segurança pública no combate à violência, tem como prioridade preservar a ordem pública: “a restauração da ordem pública é um desafio planetário, pois as pessoas diariamente são conduzidas ao crime, porém, é necessário enfrentar a criminalidade organizada”.

O comandante-geral da Brigada Militar, Paulo Roberto Mendes Rodrigues, fez coro com Santos, salientando que “não há como a sociedade se desenvolver sem a ordem”.

Concluindo o painel, a secretária-geral da OAB/RS agradeceu a presença de todos. "O problema da violência é complexo, tem várias interpretações e só será combatido com o apoio de todos”, salientou Sulamita.