Um apagão que durou até três horas em parte da cidade deixou a quarta-feira confusa para milhares de porto-alegrenses. A falta de energia elétrica tumultuou o trânsito, congestionando vias no começo da tarde, e trouxe prejuízos para advogados e juízes. Até as 22h, a causa do problema que afetou subestações da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) não havia sido identificada.

No Tribunal de Justiça as atividades foram ficando prejudicadas gradativamente a partir das 14h45min, sendo encerradas por volta das 17h30min.

Embora o saite do TJRS nada informe a respeito, os prazos processuais que venciam ontem deverão ser oficialmente prorrogados para hoje. Com o apagão, as atividades já tinham sido parcialmente interrompidas às 14h45min. A partir das 15h30 não era mais permitido o acesso ao prédio, depois que os geradores não suportaram a movimentação dos elevadores. 

Um cartaz - feito às pressas - anunciava, na frente do prédio, que os prazos que venciam ontem (18) deverão ser prorrogados para hoje (19).

O apagão exigiu paciência de motoristas. Com o desligamento de sinaleiras, congestionamentos deixaram o trânsito lento em algumas das principais ruas e avenidas das zonas Norte, Sul e Leste. A falta de luz também afetou as operações do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae). Foram prejudicadas as estações de bombeamento Tristeza, que atende a Zona Sul, e São Manoel, responsável pelo abastecimento na Zona Leste, que pararam de funcionar. O abastecimento foi normalizado com a volta da luz.

Prejuízo ao comércio chegaria a R$ 400 mil.  De acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Porto Alegre, Vilson Noer, cerca de 3 mil consultas ao Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) deixaram de ser feitas em todo o Estado, o que pode ter ocasionado cerca de R$ 400 mil em prejuízos.