Café com L: CDSG promove debate sobre experiências de mães na luta por direitos e inclusão
29/09/2025 15:00h
Com o tema “Experiências de mães na luta por direitos e inclusão”, a Comissão de Diversidade Sexual e Gênero (CDSG) da OAB/RS realizou, na quinta-feira (25), mais uma edição do projeto “Café com L”. O evento ocorreu em formato on-line, por meio do canal da Ordem gaúcha no YouTube.
A presidente da CDSG, Bianca Hilgert, destacou a relevância do espaço e a abertura institucional para sua realização. “Nosso evento mensal se estende a todas as mulheres e pessoas LGBTQIAPN+, mas com ênfase às mulheres lésbicas, historicamente invisibilizadas. Esse é um espaço de aproximação, de resistência e de acolhimento. Agradeço ao presidente Leonardo Lamachia e à vice-presidente Claridê Chitolina Taffarel pela liberdade de execução desse projeto e pelo incentivo em trazer a comunidade para dentro da OAB/RS”.
A convidada do encontro foi a presidente nacional do movimento Mães da Resistência, Gi Carvalho, que também é conselheira no Conselho Estadual de Políticas LGBTQIAPN+ em Pernambuco, no Conselho Nacional LGBTQIAPN+ do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e no Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável da Presidência da República.
Em sua manifestação, Gi contou como sua trajetória como mãe de uma filha lésbica a levou ao ativismo em defesa dos direitos da comunidade em um percurso marcado por erros, aprendizados e conquistas. “É preciso ter coragem para falar, porque fomos ensinadas a vida toda a silenciar. Precisamos debater mais sobre as violências que as mulheres lésbicas vivenciam. O ideal seria que as mães não precisassem lutar, que nossos filhos pudessem viver com plenitude, alegria e liberdade, sem medo de existir. Mas, se é para estar nessa luta, estou de corpo e alma”.
A Coordenadora do Grupo de Trabalho da CDSG, Paula Weruska de Freitas Brum, destacou a necessidade de autocrítica como caminho para o enfrentamento da violência. “Enquanto não nos reconhecemos como preconceituosos, nada muda. Fomos criados em ambientes permeados de preconceitos e precisamos de educação permanente para desconstruí-los. É nesse exercício contínuo que podemos construir uma sociedade mais justa e respeitosa”.
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29/09/2025 15:00h