OAB-MT ataca “estelionato educacional” cometido por faculdades
24/04/2007 08:11h
O presidente da OAB de Mato Grosso, Francisco Faiad, afirmou ontem (23) que a entidade continuará combatendo ferozmente a baixa qualidade do ensino jurídico ofertada por muitas universidades no Estado, ao que ele chamou de “estelionato educacional”. Ele garantiu, ainda, que a OAB não pretende se curvar às críticas ao Exame de Ordem. “Uma universidade que se propõe a ensinar adequadamente e concede ao aluno o que estamos assistindo por aí está praticando um estelionato educacional, o qual vamos combater”.
Francisco Faiad esclareceu que a OAB jamais se colocou contrária à abertura de faculdades e à oferta de mais vagas aos alunos. Ele lembrou, inclusive, que hoje apenas 7% da população estudantil brasileira tem acesso a um curso superior. “É óbvio que queremos melhorar essa estatística. Porém, isso não pode acontecer às custas de um ensino de péssima qualidade” - frisou, lembrando que existem universidades que dispensam até mesmo o vestibular para atrair os alunos.
O Exame de Ordem, nos moldes aplicados em Mato Grosso, segundo o presidente da OAB-MT, é a garantia mínima que a sociedade tem para constituir advogados capazes, com o mínimo de condições de atuar nos mais diversos tipos de ações.
Do total de inscritos, ou seja, daqueles que as universidades aprovam como bacharéis em Direito, cerca de 10 a 15% conseguem aprovação para o exercício pleno da advocacia. “Isso nos dá duas certezas: a de que o Exame de Ordem é necessário e importante e que o ensino jurídico oferecido por muitas instituições não é de boa qualidade”, finalizou Faiad.
24/04/2007 08:11h